LISBOA A COMPOSTAR VAMOS RECICLAR

 

Lisboa a compostar, vamos reciclar?

Esta semana fui a uma formação, de como reciclar os resíduos que produzimos em casa, de forma a torná-los em composto que depois podemos usar para fertilizar as terras do jardim, floreiras, hortas ou vasos de plantas.

Já tinha ouvido falar deste projecto lisboeta e decidi inscrever-me através deste link.

Depois de aprovada a minha inscrição, fui contactada via email com várias datas de formação disponíveis e inscrevi-me numa delas. O processo foi bastante simples, e numa hora e meia, estamos devidamente formados a participar nesta iniciativa e começar a transformar os nossos resíduos em composto.

Contrariamente ao que esperava, não são apenas as pessoas com espaço em casa para montar o compostor que podem frequentar a formação e participar nesta iniciativa. Todos podem participar, mesmo sem espaço em casa! Existem vários compositores comunitários instalados em Lisboa, que recebem os vossos resíduos. Apenas quem frequenta esta formação fica apto, e com acesso aos compositores comunitários. Neste caso, são contactados quando o composto ficar pronto para o recolher, e desta forma além de recitar, podem também utilizar o composto que desta reciclagem provém. Saibam mais sobre onde estão os compostores comunitários aqui.

Se não encontrares nada perto da tua casa, podes sempre ir à formação e mostrar o teu interesse no projecto do compostor comunitário na tua zona, é assim que avaliam a necessidade de instalação de novos compostores, e quanto mais pessoas mostrarem interesse, maior a possibilidade de instalação de um numa nova zona que interesse a todas as pessoas que se encontram em lista de espera. Vê este vídeo para perceberes melhor!

 

LISBOA A COMPOSTAR VAMOS RECICLAR?

 

Um dos grandes paradigmas das cidades modernas, senão o maior, é o da sustentabilidade ambiental. 

 

A compostagem doméstica é, nesse âmbito, uma das mais recentes iniciativas levadas a cabo pelo município de Lisboa, que pretende evitar o encaminhamento de resíduos orgânicos para a incineração ou aterro. O ambiente ganha, a cidade agradece e o munícipe que aderiu ao sistema, não só contribui para a batalha ambiental como ganha uma nova forma de transformar os seus restos alimentares num ótimo fertilizante para o jardim.

A compostagem doméstica constitui um contributo essencial na mudança ambiental. Dos pequenos gestos se fazem grandes mudanças.

Estima-se que em Lisboa, por dia, 240 toneladas de lixo comum indiferen- ciado sejam biodegradáveis. Trata-se de uma grande quantidade de resíduos que poderiam ser valorizados. O projeto “Lisboa a Compostar” é um passo nesse sentido a que se seguirão outros como a colocação de compostores comunitários ou a recolha porta a porta de orgânicos em algumas zonas da cidade, que permitirão, igualmente, ganhos ambientais muito significativos.

 

Mas, e compostagem doméstica, o que é?

 

É um processo de reciclagem de matéria orgânica (da cozinha, da horta, do jardim…) realizado através de microrganismos que transformam os resíduos biodegradáveis num fertilizante rico em nutrientes, a que se chama composto.

 

Quem pode fazer a Compostagem Doméstica?

Se a tua casa tem um pequeno espaço exterior livre, a compostagem doméstica é ideal para ti. Junta os restos da preparação da comida e materiais de jardim e despeja-os num compostor. Cubre com alguns ramos e folhas secas e deixa a Natureza seguir o seu curso.

 

 

ONDE SE PODE COLOCAR O COMPOSTOR?


O local do compostor deve ser de fácil acesso, ter água próximo e estar protegido do vento, de preferência debaixo de uma árvore de folha caduca, de modo a evitar temperaturas elevadas no verão e baixas no Inverno (boa mistura de sombra e sol). O compostor deve ser colocado em contacto com a terra, que deverá ter uma boa drenagem de modo a que a água possa escorrer e infiltrar-se quando chover.

 

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MATERIAIS A COMPOSTAR

De modo geral, todos os materiais naturais provenientes da cozinha, do jardim ou do quintal podem ser colocados no compostor. Há, no entanto, alguns cuidados a ter em conta para que o processo decorra sem quaisquer sobressaltos. Por exemplo, se depositares ossos ou espinhas ou alimentos cozinhados, no compostor poderá atrair ratos ou outra bicharada indesejável.

Os resíduos que podem e devem ser compostados são, normalmente, classificados em “verdes” e “castanhos” conforme o teor de humidade e a proporção de nutrientes. Para que a compostagem decorra da melhor forma, convém ter a maior diversidade de resíduos possível numa proporção igual de “verdes” e “castanhos”.

 

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MATERIAIS A EVITAR

Existem alguns resíduos a evitar, pois podem dar origem a maus odores, pragas ou atrasar o processo.

. Comida cozinhada temperada ou com gordura

. Restos de carne, peixe e marisco . Produtos lácteos
. Cinzas / Beatas de cigarros

. Medicamentos
. Resíduos de plantas tratadas com produtos químicos
. Excrementos de animais domésticos . Resíduos não biodegradáveis (plástico, vidro, metal, pilhas, tintas, têxteis, etc.)

 

 

 

COMO FAZER COMPOSTAGEM DOMÉSTICA?


1. Corta os resíduos “verdes” e “castanhos” em bocados pequenos.

2. No fundo do compostor, coloca, aleatoriamente, ramos grossos (promovendo o arejamento e impedido a compactação).

3. Adiciona uma camada de 5 a 10 cm de Castanhos.

4. Adiciona, no máximo, uma mão cheia de terra ou composto pronto.
Esta quantidade conterá microrganismos suficientes para iniciar o processo de compostagem (os próprios resíduos que adicionares também contêm microrganismos). Grandes quantidades de terra adicionadas diminuem o volume útil do composto e compactam os materiais, o que é indesejável.

5. Adiciona uma camada de “verdes”.
6. Cubre com outra camada de “castanhos”.

7. Regua cada camada de forma a manter um teor de humidade adequado.

8. Repite este processo até obter o compostor cheio. As camadas podem ser adicionadas todas de uma vez ou à medida que os materiais vao ficando disponíveis.

9. A última camada a adicionar deve ser sempre de “castanhos”, para diminuir os problemas de odores e a proliferação de insectos e outros animais indesejáveis.

 

TESTE DA ESPONJA

A pilha de compostagem tem água suficiente?
Espremer com a mão um pouco do material do interior do compostor:

Se pingar, a pilha está demasiado húmida, é preciso juntar “castanhos” e revirar os materiais; Se a mão continuar seca, a pilha está com falta de água, é preciso juntar “verdes”, regar e revirar os materiais.

 

A TER EM CONTA

Não te esqueças de visitar regularmente o compostor porque há factores importantes que influenciam o processo de compostagem.

Oxigénio

A presença de oxigénio no interior dos materiais a compostar é imprescindível para a sobrevivência e atividade dos microrganismos que promovem a compostagem. A falta deste oxigénio conduz à produção de maus odores. Arejar a pilha permite uma decomposição rápida dos materiais e isenta de cheiros. Uma das formas de arejar a pilha é revolver os materiais periodicamente (1 vez por semana).

Humidade

A água é fundamental para os microrganismos decompositores, resultando igualmente da atividade destes aquando da transformação de resíduos biodegradáveis. O excesso ou falta de humidade no meio condicionam negativamente a atividade destes seres vivos.

Uma forma simples de testar é realizar o “teste da esponja”.

 

Temperatura

A atividade dos microrganismos provoca variaçõeses de temperatura. Valores elevados são essenciais para maximizar a eficiência de decomposição e higienização dos materiais. Na falta de termómetro, espetar uma barra ou tubo de ferro na pilha e esperar alguns minutos. Ao retirar colocar a mão, se a barra estiver quente, está bom.

 

Tamanho dos materiais

O material a decompor deve estar em pequenos pedaços de forma a maximizar a superfície de contacto com os microrganismos. Por outro lado, partículas demasiado pequenas favorecem a compactação e consequentemente limitam a circulação de oxigénio e água.

Materiais estruturantes (como os ramos) ajudam a garantir o espaçamento adequado.

 

 

O COMPOSTO

Ao fim de alguns meses, os resíduos orgânicos dentro do compostor transformam-se em composto – material orgânico estável com aspeto de terra, escuro, sem odor e com excelentes qualidades fertilizantes.

O tempo que demora a produzir o composto depende do acompanhamento que se realiza ao processo de compostagem (rega, revolvimento da pilha de compostagem, etc).

Hortas e jardins : Pode servir como cobertura ou incorporado no solo (depende das exigências das plantas e da época do ano).

Vasos e sementeiras: Utilizar uma parte de composto, duas partes de terra.

 

 

Gostaram deste artigo Lisboa a compostar, vamos reciclar?

Para mais informações contactem lisboaacompostar.cm-lisboa.pt ou através do número 808 203 232.

 

Boas reciclagens por aí!

Obrigado por lerem.

Beijos, Cat.

 


INSPIREM-SE E DEIXEM ENTRAR O JARDIM EM VOSSA CASA 


 

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